Remédio em fase final de desenvolvimento apresenta resultados eficazes no tratamento de dores de cabeça severas. Quando concluído, será o primeiro medicamento destinado ao tratamento preventivo de enxaquecas.
Cerca de 300 milhões de pessoas sofrem de enxaqueca atualmente em todo o mundo, das quais 30 milhões são brasileiras. A doença causa bastante sofrimento e até então não possui cura, sendo considerada pela Organização das Nações Unidas (ONU) uma das cinco doenças mais incapacitantes, ao lado das temidas tetraplegia, depressão, demência e psicose.
A novidade está por conta da primeira descoberta na história da medicina capaz de prevenir essas terríveis dores. Uma pesquisa realizada por quatro companhias da indústria farmacêutica foi recentemente publicada no periódico médico britânico The Lancet e confirma o desenvolvimento de um remédio capaz de agir especificamente contra um dos causadores da doença.
Trata-se de um anticorpo monoclonal, uma molécula sintética produzida em laboratório capaz de atingir o seu destino de ação sem provocar efeitos secundários ao organismo. A droga bloqueia o CGRP, um composto químico liberado por uma estrutura cerebral que se estende por quase toda a região da cabeça em uma resposta a estímulos externos, como estresse e jejum. O portador de enxaqueca possui uma hipersensibilidade a tais estímulos, liberando quantidades maiores de CGRP e causando os sintomas da doença, entre eles o enjoo, intolerância a ruídos e luzes e em casos mais graves a distorção da visão.
O medicamento está em fase final de testes e deve ter seus estudos concluídos no próximo ano.
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