Um estudo apresentado recentemente no encontro anual do Colégio Americano de Cardiologia comprovou a eficácia e a durabilidade da cirurgia bariátrica como tratamento ao diabetes do tipo 2 em pessoas obesas. Segundo os resultados divulgados, os pacientes submetidos ao procedimento puderam viver sem o uso de insulina e de outras drogas que controlam a diabetes por, pelo menos, cinco anos após a cirurgia. O diabetes do tipo 2 ocorre quando o organismo o paciente se torna resista à insulina, hormônio que regula a glicose em nosso sangue, fator que se agrava com o excesso de peso.
A pesquisa realizada nos Estados Unidos através da Clínica Cleveland, é considerada a maior e mais completa na área. 150 pessoas com sobrepeso e diabetes fora de controle foram analisadas e dividas em grupos que passaram por três diferentes tratamentos: tratamento com medicamentos, cirurgia com o bypass gástrico e a gastrectomia vertical. Passados os cinco anos, 88% dos pacientes que foram submetidos à cirurgia tiverem o diabetes controlado sem medicamentos, além da redução da necessidade de remédios para hipertensão e colesterol.
Tratamento cirúrgico
O procedimento cirúrgico gástrico deveria ser uma possibilidade padrão para o tratamento de pacientes com diabetes, de acordo com um documento assinado por 45 entidades em todo o mundo, dentre essas a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). A diretriz indica a operação para pessoas que se encaixam no quadro acima e que possuem IMC entre 30 e 35. Atualmente o procedimento é realizado apenas para pacientes com IMC igual ou maior que 35 e com doenças associadas. No Brasil, o tratamento poderia beneficiar de forma eficaz até 15% dos 13,5 milhões de diabéticos do país.
Estatísticas preocupantes
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas em idade adulta aumentou em 300% nos últimos 40 anos, alcançando 422 milhões. No Brasil, a taxa de pessoas com a doença subiu de 5% para 8,1% no mesmo período, registrando 71.700 mortes no país.
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